segunda-feira, novembro 03, 2008

Feito de luz solar

Suo nos olhos
Sorrio e enfim
Faço milagres e estandartes
Arco com o dom da Arte
Se a fome é a parte humana de Deus
Sou enfim algo bem mutante
Vôo nas cinzas dos sons do antes
Como quem devora a aura
Das cores, das páginas
Escritas na sombra da lei.

E então sou o ar
Pra simples sorrir
E desandar.

Calmo como antes
Morto
Sem vida
Bebendo hidrantes
Sem calma nas amarras
Das horas da tarde onde sou subúrbio de mim.

Fale-me de elefantes
Curta o ninho dos não falantes
Cante algo daquela Clara
Que soa qual musa, qual anjo solene sem Deus
E se eu não voar
Não note
Sou feito de luz solar.

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