quarta-feira, novembro 05, 2008

Sambas banais

Rebuscada costa
Mares de Espanha
Jardins de Oxalá
Danúbios constroem luz
Voam sons de cinzas.

Entre rubras vozes de vis Américas
Bolivianos trens
Traduzem belezas
Renegam certezas
E como se anjos de muros
E tranças
Viramos neblina
E criamos sons de ação
Como viração
De festas de fins de anos
Tão sonhos
Que tecem manhãs
Como quem faz ouro de mel em beijos e tons.

A poeira me envolve as horas
E sonho o tanto de ver o mar
O mar me é só janela
Que é mera vocação nua de ser um Rio
Tâo rio que é mar
E inunda-me de uma memória que é qual voar.

E viajo nos seios, nos ritmos discretos
Terras e fados
A pedra dos arcos marca o sol a luzir
Pessoas e flores, água corrente
Lapas astrais
Regando Venezas tolas com sambas banais.

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