sábado, setembro 05, 2009

Ao sabor dos ventos que vêm


Eu quero cama,
Jaspion,
Zumbis de cinema,
Almas, semanas,
Roupas de marca, novenas.

Eu quero Espanha grandiloqüente!
Salta um Buñuel redentor!
Suores, mentes
Canções de Tom zé sobre a dor
Que foi e se tornou belíssima atroz
Cor.

Me deixe saber a inversão dos perplexos
Só vou dormir se for lá ver.

E enquanto o sonho ri eu me deduzo somente a meta
Da estupidez em linha reta
E calo a cidade em meu peito inconsequente
Bebo água e vou dormente
Ganhar idades.

E apenas o amor me é memória
Eu sou altivo na história e no rancor.
E o que é saber, e o que sou eu?
Olho o sabor dos ventos de um deus
Que me tornou assim, além de tudo
Ao sabor dos ventos que vêm.

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