Cale a boca
E o desejo
E dê-me a arma
Cale a boca e o segredo da palavra
Cale a boca por favor de Deus
E mate-me a alma
E sem delírios mostre o sol que hoje arde.
Cale a boca e faça-se o mal
O bem de ser ninguém
De ser fatal por ser
Natural em sol.
No final
Todo desejo é viver
Sem segredo
Sem ritmo
Sem medo
Apenas por ser assim tão natural o medo
Como um canto sem tornado e sem casa
Como um grito que se expõe na noite fria
E eu dormindo sonhando com maravilhas.
Cale a boca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário