sábado, maio 27, 2006

Cale a boca

Cale a boca
E o desejo
E dê-me a arma
Cale a boca e o segredo da palavra
Cale a boca por favor de Deus
E mate-me a alma
E sem delírios mostre o sol que hoje arde.


Cale a boca e faça-se o mal
O bem de ser ninguém
De ser fatal por ser
Natural em sol.

No final
Todo desejo é viver
Sem segredo
Sem ritmo
Sem medo
Apenas por ser assim tão natural o medo
Como um canto sem tornado e sem casa
Como um grito que se expõe na noite fria
E eu dormindo sonhando com maravilhas.

Cale a boca.

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