domingo, maio 28, 2006

Hoje chega

Eu quero a fronte serrada
O tapa
A corda
Que arrebenta o peito
No peito
No que deito
No coração na mão
Sem mão
Sem sonho
Sem consumo
Sem sumo
Idiota
Palhaço
Palhaço
Palhaço.


Palhaço dado no ventre
Na pedra, no intento perfeito
Na bandeira rasgada
Na multidão
Ignara
Ignorada
Sem vento.


Seco soco murro
Muro
Na boca
Na mente
Quem mente?
O sussuro ao canto da banca
Na banca dos mundos sentados
Ouvindo em discursos
Em pulsos
Em ruas e povos
Sem povo
Sem rua
Só carpetes e mesas
Só mesas
Expulsos
O povo
O moço
A rua
A bandeira
Só voto
Hoje chega.

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