quarta-feira, novembro 29, 2006

Colagem

Sabe o medo de ser mulher?
O medo não é nada!

Sábio o medo de ser da fé
A fé toda
enganada?

Cai o riso do São José
De palha
Da Escola.

Morde o dedo do Zé Mané
Como um cão
O homem ruim
Todo cão é um homem ruim.

Sabe o todo ser que não é
Além da ilusão oposta?
Medo assim se faz ser
Coisa que rua e fossa.

Sabe medo assim de sentir
Como todo, acabado?
Parte é medo de nunca rir
Calado, só, prostrado.

Vaga o rumo do cão ruim
Todo homem é um cão ruim
Sem ser
A sós.

Abre o espaldar do ver-te assim
Roce o olhar em mim, atriz
A respaldar o meu jardim
Deixa-me mar
Beije-me
Enfim.


Rime mundo com Zé Mané
E pega a reta opostoa
Rime reta com outra fé
Raspe verso de bosta.

Saiba medo e faça assim
Um ritmo vendado
Pro samba de amor xinfrim
Por canastras cantado
Sábiamente nada é ruim
Sábia a mente foge assim
Sem ser
Sem ar.

Sambe meu mar
Sambe em mim
Não me deixe ir lá
Sem ter-te em mim
Deixe eu rimar luar com sins
E faça olhar comigo enfim.

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