quarta-feira, novembro 01, 2006

Inversão do céu

Calculo árduas artes
E parto sem te olhar
Rebusco milagres entre insetos
Vago nos delírios urbanos dos arquitetos
Versejo entre Rios Brancos
E o Sul Deserto
Do meu rir
Que avança em ar, tesão
Tece cores de brilhos
E a parir faz luz brilhar
Por alí
Onde o morro se abre em céu
E nas lagoas mares fazem-se
Outro dom a voar.

Nada além de encaixe é ritmo
E segredo
Nos meus ais
Nem nos meus vislumbres busco o estilo reto
Barro o sal das lágrimas que não dejeto
Barroco inverso o escrever de cada verso
E a sorrir
Pinto nuvens com canhões
Vago nas areias do tempo
A despedir-me em sons
De partir
Desta praia rumo ao véu
De Subúrbios acres
E pontes de cor pastel.

Vinda aqui
É pegar-me junto ao chão
Olho delsumbrado o verso ali
Calado, em vão
Por sorrir
E homenagear o mel
Dos toques do teu corpo e alma
Na minha inversão do céu.

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