sábado, março 31, 2012

Serei-me enfim no outro?

Vejo-te nos planos, passos
Qual quem reconstrói um ir
Decifro-te ou caio
Noto-me inverso
Aprendo-me alvo, espasmo
Esgoto-me senso
Canto, bardo.

Noto a noite, ando rápido
Penso escuro, luz, florir
Gotas de mundo, súbito acalmo
E atento ao teu céu
Procuro signos claros
E acho
E não entendo além da pele
Além do passo.

Procuro poder ir
Gosto do salto
Procuro saber-te em ti
E tolo
Rumo pelos becos, pelos mares, cabos
Derramo gotas de desespero
Reparo o drama ao contrário
E me acalmo
E em fogo acalmo.

Não sei ser eu sem o outro
O outro assusta-me remédio
E calo-me em Sânscrito
Espero
Serei-me enfim no outro?

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