sábado, maio 23, 2009

Perdemos cores


Esquinas escutam o delírio de viver
E o giz me torna útil na espécie de lua que é o quadro
Enquanto procuro curvas negras pra beber
O suco de destino que habita nuas formas de espaço.

Escrevo o mar sob a  forma de um verso cru
E formo um luar pras belezas me tornarem a rir
Vejo um preto perfil
Recuo meu olhar  
Mudo de cor
Espero a fome reformar meu ar
Rabisco luas para encantar
Caço panteras nas florestas
Como somos enquanto homens se não atores?

Não note os subúrbios debaixo destes meus nobres segundos mudos
Enquanto calo algum subterfúgio para ter um beijo
Combino em sussurros desejos e sonhos alvos.

Repare na luz que amplia o medo da zona sul
Espelha o mar pelas beiras do desejo de rir
Me faça colidir
Preteje meu sonho redentor
Calcule a fome de me desnudar
Repinte e borde para nos mostrar
Como é que sendo poeta
Retrucamos sobrenomes
Perdemos cores.






Nenhum comentário: