Pisos de sangue que tomam casas
Asas de papel e de luar.
Do invento percebo espadas e gerânios
Percebo sorrisos e elefantes
Crio céus e infernos de rir.
Cale-te se não me notas mundo
Rasa é a cegueira sem invenção!
Tudo é um versinho de outrora
Reduzido a um simples rancor
Permita-me voar desempregado
Quero ver o fogo renascer.
Dê-me meu ser de amor
Dê-me meu rir de louvor
Dê-me meu Deus de amor
Dê-me a terra!
Quero o gol de placa dos planetas
Quero o sol queimando mil vespeiros
Quero reluzir-me invenção!
Grita!
Que eu canto aqui uma modinha
Tamborilando versos mudos
Regredindo sem infância atroz.
Não me cale te negando mundos
Se há a luz, é feita desta dor
Dados jogam Deuses pelas forcas
Enquanto comemos nosso pão
Nada de paraísos e hóstias
Quero ver terra de sangue correr!
Sou apenas louvor
Amor de rir
Amor
quero partir, amor!
quero viver, louvor!
Quero ser terra.
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