Livre de cor e amor,
Fale da fêmea do mar!
Desenhe Íris para que eu possa orar
No delírio sonho meu
Livro de medo a dor
Pronto para dor tomar.
Criando raízes ginseng
Entre as telhas e cortinas velhas
Tecidas no mel das velhas cegas da Paraíba
Pelas ruas das resinas onde a lua nos tecia como ar
Esperando o arroz solto a entoar
O desejo entre as pernas pelas meninas.
E no espanto da alma das cadavéricas linhas
Remoendo o vento
Age o inverso cantado à mão
O desejo abjeto do medo do não
Enquanto o olho nota o vento do vento
Desenhando o beijo velho cortando ao corpo
O tecido sol.
Livre de flor e horror
Cala-me fêmea no ar
Desejo vinho entre folhas de voar
Quero vestes de um Deus
Livros nas mãos entre a cor
Que já me falta pintar.
E o sonho respinga as tintas
Entre dentes e manias comendo a voz macia
Tentando no mau sentido resmungar más melodias
Enquanto assa tempos ao sol.
Cisco de cor e sabor.
Mitos de amor e dor tecem-se entre revoar
De versos lidos pelos homens sem lugar
Respira a marca de Deus
Feita no rosto do ator
Que ia Deus inventar.
E me teça no que sinto
Me veja no que dizes
Esqueça qualquer prece que mereça ter desígnios
E seja
E tente
E trace o que me amargue ante o fim adverso
O final dos segredos
Novos nomes de medo
Segredos controversos
E no fim do que peço
Me verás por inteiro
Entre os sonhos e o que penso
Decidindo sem lamento
Repintar o tricolor alvo ar de meus desejos.
Ciscos de cores e amor tecem a fêmea além mar
Espero rindo o bem dito som do ar
Resmungo falas de Deus
Costuro flores sem flor
No meu inverso de mar.
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