quarta-feira, fevereiro 18, 2009

O sonho de saber-se tez de rir.


Tanto errei por mundo Rei

Que fiz canção

Reinventada ilusão onde a fé tecia rimas

E a luz de cada esquina curtia novo coração

Na vã tez de nascer imperial

Rimando carnaval com povo em tanto festejo revolução.


E já tão longe

Pela terra de sal

A índia criava o luminar das danças

Num canto de sentir-se gutural

Fazendo magia no Reino das que brincam

Na vila rica de virar samba canção

Criando verso de terra e noite

Assim nascendo esperança

Tornando-se tamborim.

Tocando o espaço em som e ato

Fazendo do breu

A luminária do recriar Prometeu

De cor de pastora e tom desvirginal

Que samba até o sol raiar

Redescobrindo o fogo de recriar amor.


E tudo é amor

Nestes dias onde a glória

É ver o sal desta pele tão sofrida ir embora.

Enquanto os donos da dança vêem brilhar

Sonhos, alegorias

Tanta alma é criança

É lua viva

Na luz do amor feito imagem

Onde os olhos têm prazer

Ao ver a margem

De espanto já morrer.


E tudo o que é luz é toque do rum

Tambor que dança na pele de quem sorri

É quem sorri

E tudo o que é cruz morre sem luz

Criando o sonho de saber-se tez de rir.

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