Sofro sem saber da luz
Que longe afastam outros olhos
Sorrio sem ver o sol rir
E vago sem ver a paz
Te sonho pra ver tua paz.
Calo-me por ver sem luz
Seu corpo afastado do meu corpo
Deixo-me te ver nos escuros fins
Da dor de não ver-te mais
Na cor do morrer sem paz.
E invento seres sem rancor
Que não sou, nunca sou.
E invento aviões no corredor
Pra onde não vou, nunca vou.
Aprendi a morrer sem dor
Vivendo no alto do pensamento
Fugindo dos reis do mundo
A rir.
Mas hoje não sou a paz
Me torno tão só
Sem mais.
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