quinta-feira, setembro 11, 2008

E quem quer ler ou ouvir isso?


Se choro finjo em luas
Quase sem linho
Ninho de estrelas
Sem mais mormaço
Sem ruas feias.
Se calo
Finjo estrada
Mas sou olhar.
Se nasço escorro sangue
Grito besteiras
Viro inimigo
Já não abraço amor nas telhas
Se sofro finjo matas
Mas sou voar.
Sendo este quase menino
Rompendo muros de lama
Espero em frente ao novo cinema antigo.
Perdendo tempo e abrigo
Esperando mitos e sambas
Respeito o mundo murmurando morticínios
Se sofro finjo-me sorrindo.
Se brado mundos,planos
Escrevo a teia dos meus delírios
Sou mais que um passo
Menos que estrela
Escrevo como a falta me faz o mar.
Já não respeito ou finjo
Só olho o breu da semana
Rejeito o véu da solidão em um sorriso
Queor palavras e tiros
Mundos mudando de amas
E tenho aqui um sentimento tão ambíguo
E quem quer ler ou ouvir isso?

2 comentários:

Alexandre Lemke disse...

Toma cuidado, cara! Tem um tal de Gilson Moura dizendo que este blog é dele. Como se alguém que escrevesse tão bem pudesse ser confundido com o Gilsão!

Anônimo disse...

Dá-lhe, Gilsones!
Ainda quero escutar a recitãção ao vivo dessas belezas, de preferência no meio de uma conversa-porre num bar não virtual.
Mas sem viadagem, plis.