quinta-feira, setembro 11, 2008

Um dom


Estranho é notar além do azeite

O Sabor desfeito em graus de não saber

À espera do beijo de deleite

Que nasce do sofrer.

Olha a hora

Alguém quer que você deite

E veja o olhar que respeita o senso do amor

Seremos nós prisioneiros do que prende

Em nós nosso sabor?

Nem se a vinha

Desse-me um vinho de mar

Me aprisionaria ao luar

Tendo tantos mundos

Pra ver linhas de inumerável ser

Tendo a ti no coração

Danço a cor de outras canções.

Nas asas cansadas dos desejos

Revejo delírios perfeitos feitos de amor

Te sinto na falta do que vejo

Em torno da cor.

Mas há um novo ar pelo meu peito

Saudade, ciúme, despeito, orgulho e um calor

Quer faz-me indiana guerrilheiro, mezzo explorador.

Dá-me a linha

Que prendo-me ao mar

Solto-me a navegar

Pelos tantos mundos

Tendo a trilha, inevitável do ser

Trago-te em meu coração

Tendo ao corpo um vento,um dom.

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