Já não sei se tenho medo do meio
Ou se pergunto a turistas
Como se faz pra vespeiro
Nascer psicanalista.
Se rimo ave com centeio
Viro gastronomicista
Arrumo cargo de recheio
Viro prefeito alquimista
Procuro bens em cinzeiros
Amores em naturistas
Pelados tem o respeito
Dos que a nudez bela avista.
Cato verdades em mateiros
E violeiros altruístas
Em cínicos não macumbeiros
Praticantes falo linguistas
Eu gosto mesmo é de cheiro
De rua à noite na pista
De cerveja com canteiros
De ruas sem sinalistas.
Talvez eu rime por medo
De morrer em dia à vista
De não saber mais do certo
Ou de ser um canalha sem listras
Ema zebra, um matreiro
Enrolador de premissas
Talvez eu seja mais meio
Talvez seja só um artista.
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