As árvores no sul dão um fruto estranho
Têm sangue nas folhas e sangue nas raízes
Corpos negros nadando na brisa do sul,
Frutas estranhas penduradas nos álamos.
Corpos negros balançando à brisa sulista
Frutas estranhas pendem dos choupos
Cenas pastorais do sul galante
Olhos inchados, bocas retorcidas
Doce e fresco aroma de magnólias
E súbito o cheiro de carne queimada
Aí está um fruto para os corvos bicarem
Para a chuva encharcar, para o vento açoitar
Para apodrecer ao sol, para uma árvore deixar cair
Aí está uma estranha e amarga colheita.
FONTE: REVOLUTAS
SITE: http://www.revolutas.net
PUBLICAÇÃO: 09/01/2009
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