Corra ligeiro no desespero desamparo
De fazer do mundo um passo em nome de retidão
Rascunhe em preto o sentido do sensato rumor de fazer pedaço d’água virar o pão
Rascunhe em preto o respingo do meu prato colorindo toalha nova
Que a velha fez à mão
Pra no momento já não certo sem disparate comesse ao menos metade
Qual um rei, sinhô dos bão.
Eu falo em preto porque é a cor que foi sumindo
Da senzala à casa do Rei
Enquanto foi o azedo do tratante
Fazendo lua nova pra sinhá também
E sendo azedo de suor e temerário foi-se em lenda de inexato e perigoso contar
Pois tão azeda durou esta querela
Que hoje sinhá é prenda de qualquer um prendear.
Preto é vão confuso
Reza a lenda
Morre a Rainha, a tola
Se torna Aurora.
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