Dedilho relvas e rebusco instantes
Peço da vida um tom normal
Crio ásperas balas de marrom glacê
Enquanto tomo placebos
Ouço sons punks tão irreais
Que parecem contratempos de um fim
Que come das ruas
Um erro, um sabor tão servil
Procuro esperantos
Um Deus sobrenome.
Calculo enterros a cada ato, comício
Procuro gentes em meio a edifícios, ruas, luzes, carros
Bebo à lua e ao nascer
De um sol sem horizontes
Pasteurizado, blasé.
Não traço linhas ou desenho estradas
Procuro chamas de madrugadas
Reduzo cines à televisão que vem
Suprir minhas descrenças
Enquanto assisto a experimentos
Não sou moderno e nem escravo, nem independente.
Calculo erros e desenho estilos
Sou tão descrente que talvez escreva um livro
Sem nenhum detalhe
Eu até quero ser
Uma forma humanóide de sonho démodé.
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