quarta-feira, fevereiro 18, 2004

História, descaso ou Pós-modernismo cegueta?

Pós-modernismo é um dos motes mais usados nestes dias de tresloucada fusão de água e azeite.

Porém o que se vê é uma retumbante incapacidade criativa nas mais diversas áreas.

Os seres mutantes que atendem pelo nome de "ideólogos", ou cientistas políticos preguiçosos com a arte de pensar, mandam pro ar notas e mais notas colocando a ideologia como uma ferramenta do atraso, pois desvincula a ação prática com o pensamento, que é colocado no campo do sonho.

O problema é que esse povo esquece que a práxis é um dos maiores legados que a esquerda deixou, a quem se quer atingir quando se fala em fim das ideologias, inclusive pros pobres mortais de direita, capitalistas, defensores do fim do estado, etc. Ta lá em Marx, ta na práxis anarquistas, entre outros menos votados. É só perder a preguiça e ler.

A ideologia em si deve ser vinculada a uma prática, independente do teor incluído na mesma. Aliás, na maioria das vezes as ideologias são irreais só na ponta utópica, pois nelas se constrói claramente uma metodologia de ação. Por isso quando se defende o fim dos sonhos para uma adequação à realidade, o que se pretende no fim é repetir o discurso de meados de setenta, onde a ideologia era vinculada pelos pensadores liberais à loucura, à selvageria e à ditadura. O problema dos pós-modernos é que os antigos pelo menos escreviam melhor, dava gosto de ler. Hoje o que se vê é uma limitação caquética da defesa, com uma escrita panfletárias que faz vergonha até a estudante trotskista.

Mas não foi só pra falar de política que eu vim aqui não.

Vim falar no fim das contas com o desrespeito enorme que a história recebe hoje.
Isso vai desde o tópico acima cometido até a nova camisa da seleção Brasileira.

O desrespeito à história em nome de uma pós-modernidade funcional, fez que os "estilistas" da Naike adotassem um design "clubber" pra camisa da seleção, inclusive retirando o escudo do local original e inventando uma lorota de homenagem ao Porsche das 24 horas de Le man, ou seja, fizeram uma lambança, pois se precisa Modernizar.

No fim das contas, a indigência mental de hoje, por vergonha de sua própria incompetência, tenta acabar com o passado, onde existiam competentes, para não ficar claro que essa tal pós-modernidade é uma modernidade com menos QI e nenhuma memória.

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