Em rimas de fada
Berimbaus exatos
Não compreendem o porque?
Não se perguntam porque?
E exalam batida, ferida
Rastapé aberto, pontapé exato.
E guardam macumba retinta
Sentida caída para qualquer lado
Escorando arte, artelho
Martelo perfeito
Morcego espalhado
Dado por raiva, amor ou medo
Pra saber-se inteiro
Quase um macaco.
Na linha da alma
Porrada no prato
Batuque não tem porque
Berimbau grita porque?
Na faca do dedo, no dedo
Brilha o amor perfeito
Só pra dar sabor
Nas ruas de Barcelonuevo
Rios de Janeiro tecem inté ardor
Criando meninos pentelhos, tecendo pentelhos
Fingindo ser arte
Pintando pintura de dedo
Só metendo o dedo pra cansar a tarde.
E enquanto cai a tarde
Berimbais invadem
Enquanto cai a maré
Rola só ir a pé pro medo
Não se pintar de vaidade
E deixar-se só no medo
De ter até felicidade.
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