terça-feira, outubro 28, 2008

Estradas tão lindas

Coisas feitas de linhas
Lajes, rubis
Estrelas sem fim
Cores de almas belas
Fomes de luzir.

Sâo palavras de mundo
Feitas de ir
Caminhar, corrir
Cozinhar gamelas
Beber e rir.

Pelas asas de qualquer lugar
Feitas de estradas, avestruzes, cores novas
E silêncios
Vôos de Sabiá
A gente acha nuvens feitas
Em estrelas do mar
Parcas cargas, vozes, lendas
E um enxergar
De tantas coisas, tantas linhas
Vidas a habitar
Vidas a nos levar
À estradas tão lindas.

Um comentário:

Victor Meira disse...

Coisa linda, Gilson. O blog aqui tá em produção a la fordismo, viu? Haha, difícil acompanhar.

Belíssimas figuras.

"Pelas asas de qualquer lugar
Feitas de estradas, avestruzes, cores novas
E silêncios"

Muito lindo.

Tem até umas ousadias, como "corrir", e aquela crase no último verso.

A poesia imagetizada, as figuras das palavras nos levão a essas lindas estradas. Essa é linda.

Abraço!