terça-feira, outubro 28, 2008

Com o sol já poente

Sentido or not sentido?
Lábio vago inexato
Ruma rompendo com o tom
Sense ou non sense?
Prego, prato, astro
Impávida palavra, corpo tom.

Sentado em meu ambíguo, grito, mimo
Alvo dado como espanto
Que prega o luar na testa, no mar
E rima a irritar
Somente dou o tesouro dos quadrantes
Cada palavra tem o oposto instante.

Como Azul
Pintado como arte
Ante o vermelho carente
Solto em estandartes
Sangue mesmo da gente
Repetindo som quase
Que ditatorialmente.

Na arte em meu poder
Fazemos o óbvio, o toque nosso
E só construir parábolas ao mar
Como não rimar?
Se o som já nos obriga um instante
Um verbo, um verso
Um rimar
Já controverso
Que azul
Se transforma na parte
Ou no útero ausente
Substitui-se
É tarde
Com o sol já poente.

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