terça-feira, outubro 28, 2008

Enquanto sou hoje

Pedras pequeninas rolam enquanto sonho você
E noto matizes feitos de nuvens e velhos raios
Rebuscando o que escrevinham
Velhas cozinhando procê
Notar maravilhas no céu
Compõe mil fados.

Pra gente cantar comendo cuscuz da Zona Sul
Respirar o ar que sai das pedreiras
Onde nunca cresci
Eu que nunca nasci
Voando em paz no ventilador
Trançando cores para seu olhar
Revendo as horas
Para não chorar
Brincando de orientes nas trevas
Que embarcam no horizonte
Da nova noite.

Componho milagres para tentar jamais ser seu
E amo o ponto de cruz do pano de mesa errado
Posto à luz da lua como se todo meu apreço
Fosse uma imagem crua no cinema do Paço.

Se eu fosse luar construiria duendes, flores, cruz
Se eu fosse do mar
Voava em Jardineiras
Punha Deus pra sorrir
Talvez fosse aí
Levando na bolsa o Redentor
Talvez um joelho com guaraná
Sinto saudade de só te olhar
E perceber as novelas
Que são ter horizontes
Enquanto sou hoje.

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