Sol feito fé
CaDê os galhos
Que resolvo enquanto o desprezo
Me come o pé, o orgulho e os passos
Que dou pra voar nos vespeiros?
Dou murros
E Raps folgados
Pra quem não quiser ter meu peso
Em cores de retinto brado
Eu finjo até torcer pros Cruzeiros
Se sou burro
Sou burro ensinado
E dou coice pra ter meu sossego.
Há noites de bandeiras largas
Meu sangue é a tinta asfáltica
Sou rua, sou calçada e morte
Esperança é artigo nobre.
Sou torres e torres
Vislumbro a graça dos sem sorte.
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