quarta-feira, outubro 22, 2008

Rês

Rês
Sê somente encalço
Peque na festa divina
Vai!

Vê na alma o sal dos passos
Vê a sebe
A flor retinta.

Vê somente sem olhos
Silenciado em temor
Vida
Vida é sina de mil olhos
Sons de almas
Cruz
Esquinas.

Rês
Sê somente o sino
Das maligrejas das linhas
Reescritas nas palmas de Lourdes e suas filhas!!

Vê todo o mal nas enganas
Das Bestas de tua torpeza
Não ligue à palavra a calma
Não ligue pra palavrezas.

O medo é o todo do ser
É alma e espaço
No delírio sem pernas das novenas
Na lentidão que inferna as mil lendas
Dos bons homens que caem em pranto, em falso.

Nada seu cria ondas
Cria fatos
Todo seu é o maior pesadelo
Todo sonho é um pouco desespero
Esperança é um irônico sorriso
Dói da fé o impacto sem frio
Do delírio atirado em pleno peito.

E a astronave das linhas, o incerto
Sâo cordéis não culpados, mas com peso
Remoídos irrimados de desejo
Pelos sins e pelos nãos de cada deserto
Costurados das penas de mil cérberos
Como se fosse nova a mão do medo
Refletida tolamente pelo espelho
Irrigado de sinais não divinos
Feitos só pelo olho nunca vítreo
Destas rimas mais vãs
Cheias de sebo.

E o que é que me faz virar canção?
Já que sou todo ator em velhas lendas
Serei nós pelas veredas pequenas?
Ou serei um soturno amor bretão?

Vago nalmas de luz em escuridão tão trançada que causa milproblemas
Como se toda hora fosse a pena
De um juiz que parece Macalé
Um Arrigo de sons batendo pé
Pra surfar no swing da natureza.

Rês me dê o seu nome e suas certezas
que lhe devolverei com chifres e mar!

Se sou sorriso não te rio bonito
Mas compartilho do desespero inato
Se sou sorriso
Talvez seja mato, ou vire mato, ou mate mato.

Rês
Fuja!
Seu sorriso pode me anoitecer!

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