quarta-feira, outubro 22, 2008

Gabeira e Paes, pra não me deixar em paz!

O grande fenômeno das eleições municipais do Rio de Janeiro em seu segundo turno é a “esquerdização” do PSDB sob o manto do super verde boy marino – Teddy Gabeira.

No outro canto do Ringue Eduardo Bem Vestido Paes, o Terror do Trator anti-favela.

E a população entre milhões de justificativas de como o PSDB virou de esquerda contra a Máfia do PSDB. Não que exista uma diferença tão enorme no modo elitista de governar de ambos, apesar de métodos diferentes de atingir a mesma opressão velha de guerra em relação à grande massa.

A Candidatura Gabeira tem o agravante de tornar simpático o discurso do PSDB, e pior, sua modernização é o sotaque carioca dado ao Governo Serra/Andrea Matarazzo em São Paulo. O Paes, ruinzinho que só, mas adorado pelas donas de casa à procura de bom partido pras moças casadoiras, é só um coadjuvante perigosíssimo dessa comédia de erros que é a ausência da esquerda no Rio de Janeiro.

Gabeira consegue se mostrar algo que não é, apropriando-se de uma mistura de discurso de esquerda com fundamentos econômicos by George Soros e isso porque o discurso ético da Esquerda petista hoje repetido também pela esquerda do PSOL banaliza a política a um debate entre quem rouba e quem não rouba. Daí não se questiona a ética na aliança de um sujeito honesto com o Zito, por exemplo, e Marcelo Alencar. Fica-se preso na lógica do embate entre o Paes, dito defensor das milícias e do caveirão, mas como o Gabeira parece de esquerda e até o momento é honesto, não se discute sua aliança com Marcelo Alencar “Bônus Bang-Bang pra polícia” e Zito “Matador de Caxias”. E ainda acham que somos ingênuos e que devemos derrubar a direita nos aliando ao Periquito das Gerais.


Se confunde postura externa com postura política, não se vê os imensos recuos, ditos necessários para ser eleito, do Nobre homem verde de Ipanema na questão da liberação das drogas e contra a homofobia, e não se discute o que é “choque de capitalismo”, tudo pela falsa dicotomia do Miliciano versus o homem bom. Nem se percebe que o discurso é o discurso Cesar Maia com estilo, cor, cheiro e elegância.E novo dono, com a possibilidade de sustentação ao PSDB nacionalmente.

Nesta balada ficamos auqi observando o novo round do personalismo grassando, só que pela direita, enquanto o rio ta quase Tietê, mas lá ao menos teve o grupo Rumo.

Nenhum comentário: