sábado, janeiro 21, 2012

E tenho dito

Morrer? qual o que?
Como morrer?
Idéias são à prova de bala.

Corpos singularizam a fragilidade dos dominantes
Mortos são mais que os que dominam são capazes de derrubar
Corpos são lenha.

Idéias são à prova de falha
Sistemas, terras, gentes, mundos, todos morrem
Sonhos não.

Idéias são a prova da alma
E tenho dito.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

E Basta

Não se escreve ou se teme
Rasga-se
Um urro, um delírio, uma rua, um destino
Uma faixa, uma bandeira
Um murro
E mais um dia.

Uma esquina um delírio, um ódio, um desprezo
Uma passeata
E tudo na mão, no olho, no peito que se ufana de ser fogo
E na raiva da humildade humilhada
Da arrogância travestida de conselho
Da opressão travestida  de segurança
Do ardiloso travestido de apoio.

E todo dia o dia se torna mais um, mais outro, mais cor, mais dor, mais sangue
E todo chão é memória e conquista
E todo não é um sim atravessado no futuro
E todo otimismo é um medo esperançoso
E tudo acorda e rasga e vive e surge
E somos nós, apenas nós
E basta.

sábado, janeiro 07, 2012

Ilusão que oculta horrores

No mundo, rumos, ais, distúrbios
Em férteis sóis, amplexos
Asso ritmado o comum
Como um súbito som de murro
E urro o surdo sinal do ritmo
No vil vislumbre do cínico som do "só?"
No risco imenso , comum
Do crime infecto, qual pús
Ser a ponta da ilusão que oculta horrores.