sábado, agosto 29, 2009

Uma nova fé


Caminhar é cerca, é insana rua, é sonho de calçada
É estranhamento
É ir
Cachorros e lidas
Esperanças, dores ternas, velhos pais
Crianças a dormir.

Chão tem velho gosto de palavra
E a palavra é soberana
Quase um Deus
Vida é assim tão colorida
É história, é sentido,
É o que Deus esperou ver nas estradas
E nos olhos de sorrir
Que todos têm, todos têm,
Entre medos, graças, raivas sorrateiras
Paz de olhar trem
Pedras têm o riso das pessoas, seus lamentos, suas canções
Cores que destinam a meus olhos, outros vivos
Outras paixões.

Caminhar é doce
É sorrir aquela paz de velha andança,de olhar e sentir fé
Caminhar é o susto de ter ido aprender novo dia
Novas belezas, pé a pé
E enquanto sonho os pés descalços,
Lembro alto: gentes, abraços, sol, mulher
E me entregando a novo passo
Vejo a glória do novo em meu peito
Uma nova fé.


Por me fazer trabalho


Minha calma tem a intensão de sol
E o suspiro de noites,
Onde guardo um sorriso
E a esperança que canto enquanto sujo os olhos no trabalho
Onde durmo
Como se a lida fosse sensação eterna de novo passo
Me acostumo e já sorrio olhando a cidade acordar bela.

E na sorte desta amplidão
Eu noto nossas paixões e nossa dor
Me destino ao som cortante das águas e das terras
Me somando ao que pulsa no peito das pessoas, das embarcações
E simples, livre
Respiro o signo de viver a espera.

E não mais guardo o sorriso
Ou calo o acontecer do dia
Me torno festa
Qual um novo explodir de inventos e de poesia
E qual vida sou agora mão, seus entalhes e calos
Assim sou mundo
E no amor já me percebo santo
Por me fazer trabalho
Já não me guardo.









Navegar inventos


Soubesse eu de cantos e preces
Tecia-lhe vestes com cores de prata
Mas só sei de cantos silvestres, olhos de quermesse
Cães, sóis, querubins
Te empresto um quê de natureza
Na noite acesa
Uma flor feita em mim
Com a prece da tua coragem,
Tua alma, que invade o centro do sim
Do meu amor.

Soubesse navegar inventos
Construiria barcos que nos desse tempos
E assim como somos as preces, as musas, as vestes
Romperiam com fins
E em corpos nossos suados, o dia traçado
Seria um sim
De Deus para toda a coragem das almas, das artes
Que sabem dar sim ao Amor.




Fogo amigo


Se reparo em luas e estrelas,
Acorde comigo inimigo de freiras?
Feche a porta e não lhes dê bom dia
Recuse seu hino, sua voz,
Sua maneira de esconder mentiras em sinos
Repita comigo um mantra de horror
Beije-me com um sorriso quente
Desculpe se a gente hoje exagerou.

Se meu nome deixa moças nuas
Não lhes faço festa e nem as guardo na cabeça
Quero mesmo é essa loucura tua
Enquanto reclamo de buracos da rua
Grito alto universos tão ritmicos
E velho desisto de matar inimigos
Pois teu nome me torna a besteira
E a leve tosqueira do fogo amigo.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Definição na cara dura


Eu sou subterfúgios, sou vento norte
Arte minha é farsesca
Espelhado em parafusos, acuso morte
Entre flores e letras.

Sussuro almas novas, deliro vozes velhas
Escrevo nostalgias e modernidades
Feitas mudanças cruas
E ouvindo música feita de paz
Costuro estrelas prontas.

E enquanto apaixono ocê, apaixono o mar
E na música de ser/viver espero ter sucesso em me tornar palavra
E se na história me mudo em prosa para encantar
Resumo o gosto a ser pintura
E na dúvida das lógicas minhas não nuas
Espero a nuvem me trazer sombra.

Escadas para mim.


Fiz ler reis, acordei
Em sonhos, sons e mudanças de luzes, ventos frios
Esperei Londres e lirios
Vi meios dias, esqueci dias
Acordei chama e sol e água vi em luas novas mortas.

Acordo em paz vendo óculos me darem formas de jardim
Escuto moços contando flores para mim.

Já fui doer, fui morrer
Acordei tarde e comi bolos de coragem nua
Chorei só, chorei dois, chorei milhares, muitos
Tantos quanto eu ria
E esperando fadas, prisões, princesas e cores de fantasias nuas
Acordei semanas e vi menino assustado.

Acordo em paz vendo sonhos, me enxergarem além de mim
Calo nomes
Costuro formas de sorrir.

Do que vi, do que fui
Esqueço e crio um novo eterno meio de ser vivo
Espero a vida
Procuro ver, procuro ser e entre espadas e palavras
Aprendi a ler colorido.

E em meus olhos morrem homens presos ali pra este fim
Vejo sonhos criando escadas para mim.



Mel


Cala a boca de liz e giz pra rir bom
E rir é bem bom
É bom tecer palavras frescas e luzes em olhos
Enfrentar tons, sins
Em tudo se revela o liso
E a manhã dos lírios
Tudo em si é mais que a nossa própria fé
Tudo é simples ir, todos vamos indo.

Todos vamos lindos
Cantando luzes de verões e sóis de lua
E coisas de coar café com a palma
De um certo sabor
Talvez esperemos um universo
Ou saboreemos camas
E o tempo se faz o sabor de uma ação.

A tez da abelha é linda
E somos o estar de estarmos vindo
Calmamente indo
Devorando sóis com os próprios pés
Tudo sendo um de mim
Um de ti no bonito
Som de mel, de ter visto mel.

Sonhos plenos


Tenho à mão uma superfície, uma alva luz de sopé
De montanhas que me são plenas
Calo em mim dúbia surpresa, qual palavra,
Em fogo olho minha calma sem tormentos.

Tenho em rir gotas de chuva, vento, karmas
Doces e inevitáveis formas perplexas de ouvir
Surdez de mundos e de almas
Ante o simples passar de todo o tempo.


Tenho mim apenas ritmo, mais nada
Hoje debruçado em meus silêncios
Deixo assim o encanto ir, montanha alada,
Em busca do saborear dos sonhos plenos.

terça-feira, agosto 18, 2009

Questões


Sol de gota azul,
Responda sem medo!
O que é segredo?

Flor de cunho azul, o que está havendo
No império louco dos medos?

Verei meu Deus, uma zabumba dormir cedo?!

Ouvindo Blues


Ouvindo Blues!
Don't call my name
Espere o céu, lamba-me mar
Caetanando a luz que ferve
Esperandóleo de explorar.

Ouvindo Blues!
Don't touch my pele
My Skin don't have flor de voar
My Blood é sangue
É xote, é Barry
é Sri Lanka, é Baobá.

Espero línguas de uma áfrica
Espero um céu, sky, luar.


Céumar


Se for o sul meu corpo é ele
Se for o céu que eu seja mar
Rumando em ondas pela pele
Da flor mulher de me amar.

Se for da lua que seja ela
Se for de mel que seja ar
Ar de conquista em tom de prece
A voz do som de sussurrar.

Se formos nús que seja a calma
Se formos céu, toquemos o mar.

Versejando o índigo


No sapatinho ensaio verso de uma moda, jogo purrinha
Grito pálidas noções de conquistar pessoas
Repinto a rua acima.

Perco o bonde de uma hora
Eu sonho com beijos-lindezas
Eu como um sonho, eu volto e ponho o sonho
No ver do amarelo de uma casa
Do tom de índigo da blusa da turista
Agora, ali e lá fora
O universo vira o tom de índigo.

Vejo, penso, cuspo um sonho
E aparento dizer até bom dia
Curto mesmo não morando este apartamento
A luz é quase um dia.

As asas de uma cotia eu sonho
Pinto um sonho à mesa
E canto um pranto e tonto amo
Você de me saber talvez saiba outro mundo
Eu contradigo
Assobiando afora, um blues de meia hora
Apaixonado e versejando o índigo.



Efeito de Anas de vida


Dá um lazer
Um retrucar luz de berlinda
Voz de correr rua de mar
Ferocidade.

Dá um calor, estrela-amor
Talvez só vida
Dá um tesão,uma irrazão
Uma saudade.

Em Rios e sons de lírio
Costuro formas de vida
Descasco ofídios
Rimo telefone e lida.

É ver um ar de furta cores e balizas
Gols de invenção, formas de cão
Chão de verdade.

Chuva de asas, de alumiar
Luz amarela
Anas de arco íris luz
Talvez cidade.

Em Rios e desatinos
Espero luz vespertina
Efeito de Anas de vida.

Vida invenção


Cor de rosa ululante
Nuvem, sangue, homem,
Bala de pequi
Loja de astronauta, rua, Cy.

Pálida aventura em linho
Lama de escorreguinho
Voz de Morumbi
Ao longe vejo filme de imperador rir.

A lama é o coice diário,
O chute urubuzado de alguém sorrir
Pego estrela pra te ouvir
No ramo dos lírios, nos planos
De seres humanos feitos de caqui
E uma certeza de luzir.

Calo sementes de medo na estrela do inverno
E vejo um Rio tomando jeito de cor.

Nu à revelia, ao longe
Amarelo o bonde me permite ver
Chuva e sol no céu
E ser uma colorida festa, rua, trilho, merda
Gente a rir, a ver
Luz do sol arco íris ter.

Grita a invenção divina, a música cozinhada em tambor tupi
E Deus marca em fogo os olhos teus
Ouço viola e sal de gosto musical
Frango de se comer
Tudo isso hoje é você.

Planto mil gentes entre personagens de morros
Do Valqueire ao Leblon
Olho o sol e vejo vida invenção.




segunda-feira, agosto 17, 2009

Saber prazer, você


Saber de amar você não é amor
Saber de amar você não é prazer
É a voz de um querubim
A arte me empresta a falsa maravilha do olhar.

Difícil não saber as formas e maneiras de um leve estremecer
Tornar-se delírio
E ensinar-nos a nascer
A forma de impreciso prazer.

E todo o céu, me ensina o mel
Meu sorriso se spalha ao olhar
É tão difícil assim não ir voar
Sagrando a vida assim na esteira do ser
Uma forma de saber prazer, você.

A gente ao mar


Saber de dizer,
Ser amor,
É delírio apertado entre as aspas e a mão
E eu que tenho a destreza de ler outro céu
Calo a voz entre as portas
E trabalho nas letras, no mar.

O sentido sagrado dos cortes do meu coração, são o amor
Que espelho em ti nestas veias
Que meu coração ensinou
Ser apenas gotas de intensa forma de louvor à vida que há
Pelas luas à toa
Que são amar.

E tudo o que foi é apenas uma forma de voar
E tudo o que vai
É nosso sonho
A gente ao mar.


Te quero demais


Um poema composto de prantos
É uma forma de amor que não produz paz
Assim qual gigantes e estrelas
Reduzem-se a sonhos
Nada mais.

Um verso, um beijo de sonho
É uma forma de opor dores mortas
Ao que jaz nas mãos que acolhem sorrateiras
Um desejo do corpo
Nada mais.

E o que quero é mais que gritos solenes em latim
Espero a ciência perfeita das palavras
Que produzam felizes e óbvios
Sorrisos de um amor feito sal
Tão simples de olhar,
De se ver,
Qual a flor que te louva
Qual o desejo em espiral.

Meu verso é apenas um canto
Que eu te possa entregar
É uma forma de dizer
Que meu espaço, passo e sorriso
São simples, teus, íntimos,
Te quero demais.

O que me trouxe aqui


Sentir teu vento olhar
É das dunas areias e inventos
Sol de mar nos dedos e lamentos
É dormir tardes.

Saber maneiras de fé
É uma dúzia de sonhos e vistas
Passeatas, amores e listas
Verdes saudades.

E o querer é dedilhar artes e milagres vestidos
De cores feitas de renascer e de sonho antigo
Gosto de sonhar com teu olhar
Meu olhar rindo das mil horas
Que afastam meu sorriso do teu ventre
Na paz que não foi o que me trouxe aqui.


Ver-te além.


No hoje da minha palavra corre um calmo contratempo
Eu que sou fogo deslumbrado, reinvento
Um jeito pequeno de colher sol na mão
Em dores que minto nunca em mim serem sentidas
E em meio às ruas, a paixões que comem vivas
Cores que abro em meu peito hoje mais forte.

E é hoje que me procuro entre teus braços e admiro
Um vento leve que me parte e que preciso
Costura a força do meu medo em você
E doce o universo aponta um outro nú meu velho muro
Desenhado qual um sonho de futuro
Espero em ti uma estrela, uma sorte.

É no hoje que eu deliro uma forma de sapiência
E em cada verso mesmo assim nesta ausência
Costuro um segredo bonito em nossa sorte
E sorte é talvez hoje uma forma de maravilha
Uma enorme transformação de meus dias
Uma vontade tão febril de ver-te além.

No chão da própria lida.


Giz, Rintintin
Delírio detalhe de conversa boa
Brinquedo é sim, uma conversa,
Livro, ser a toa.

Esquina, fim de uma linha quebrada por outra pessoa
Rir indo em sins
Sabendo ver do vento lua boa.

Gato come passarinho
E somos asas de um gavião
Tentando aprender trilha
Num canto, espanto de toda amplidão
Asas que são compridas, versam venenos e maravilhas
Sabendo feitiçarias de mundo, rumos de outras mil vidas
E enquanto sol, as danças são nossas palmas brancas
No chão da própria lida.


Um amor pelo ser


A luz do sol exala alma velha e incandescente
Sábio lutador
Pintando na palha um ver
Crescendo louvador de palavras raras
Que explodem como o giz no quadro escritor
Nascia ali um ver
Sábio novo inventor.

Colha aí palha amarela
Veja o que se deu nestes sonhos que fizeram um eu.

Um riso e uma casa
Pintada no olho assim imaginador
Era tudo assim de se ver
Longe voando em flor.

Um delírio e a calma
De apenas renascer no dia do calor
Tudo é assim um ir
Explodindo de um amor pelo ser.



Ventos, almas


Vê-se que tudo se deixe
Estremecendo o mundo
Vê-se que murros deslizam entre facas.

Verdes
Luzes são tão verdes
Colorindo o mundo em verde
E no rio em verde tom se destaca
Um peixe
Um mundo de ser peixe
Em delírios e desejos
Que destilam ventos, almas.




domingo, agosto 16, 2009

Estrelado limiar


Se for de rir, deslumbre-se ir
Então é nós em paz talvez daqui
Feito um de um e outro de outro um
Entre os dias
Nas lidas de uma voz que responde a um som doce
Com outra voz.

E qual um
Somos bom dia
Qual luz de meio dia
Resplandecente dia
Feito de asas e vezes construídas com demão
De um mundo inteiro, de um coração
Que olha hoje pro olhar
E vê-se cosmos
Feito de mar e estrelado limiar.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Um mundo retilíneo observar


Dói no tempo que sou em mim
Espelho meu de talvez start
Sou mínimo de arte
Espero acordado um byte pra me entender.

Palidez se afaste!
Espero aqui entre o Rio e Marte
Espadas me acalmam
Eu gosto das asas de um movimento sem fim
E me escondo a olhar
Um riso feminino de brilhar.

Cale-se bem antes
Eu tenho rimas pra todo instante
E lá na falsa calma meu olho apressado é algo bem louco de ver.

Pense sem palavras
Eu risco um sino e crio extremos
Sim, sou feito de medos
E rio gargalhado porque sou brincalhão de ter
A sós vou soar
A um mundo retilíneo observar.



Somos profetas


Nós já somos urro
Pintamos olhos e linhas
Nas costas do mundo
Apreendemos piscinas.

Gaste-nos no mundo
Espelhe a voz da carochinha
Fantasie tudo enquanto somos bestas.

Superhumanos avoados limpam ruas e cidades
E eu esqueço as certezas
Vejo vozes e piruetas.

E se nós temos tudo,
Medo, mágoa, mundo
Saberemos a semente dao chamado da vaca fria?

Perdemos velhas horas
Já não choramos bonito
É amor, é calma, é uma festa
Seremos dias, somos profetas.


Somente


Cato ao mar palavras ritmo
Saio na tez desnuda de sonhos
Perambulando em rudes temporais
Resgatando sussurros de calculadoras.

Costurando responsas vago a pé
Retumbando respostas de uma liz
Que no peito ecoa a um verso
Mal rimando um jeito esperança de saber flor.

E se eu sonho de Espanhas olhe o verso
Que costura as verdades do nariz
Que pressente da chuva um novo astral
E retumba no peito o som de dois.

E se eu gosto de sombra e sóis
Olhe bem nos meus olhos os nós
O estilingue aponta o chá
E atira um mês e amores feitos de arroz.


Hoje beijo a hora dos meus versos
E sacudo a vitrola pra ouvir
Velheci de viola o temporal
Aprendi a ver horas e ser espiões
Talvez seja a maloca
Uma vontade que coça
Dor também ri e é troça
E assim note o tom que tabula a oca
E me faz somente.



quinta-feira, agosto 13, 2009

Moderno, angelical


Plantas me enconstam folhas e danças
Espero o luar
E danço um xote em cruz com minha rima.

Aprendi o verso cheio nas velas
As palavras vêem e espero surpresas
Alimento vespas
Com chuvas e raios fortes, que pintam um velho clima
E cobro com algum afã um abraço bom
A linah da pipa ao fundo imitando
um ar de manhã
Que espero no meu papel escrever qual fã.

As amargas luas novas me vão imitando o olhar
Esperei ver janelas
Nas telas que pinto, nu, quase inconsequente em meu pintar
De versos feitos de estrelas de alto mar.

Espero os desejos que tenho
Inverso a meus retratos
Nos mil guardanapos que secam o que eu bebi
Espernado cores em ônibus diversos
Chegou a Central
É hora de ser moderno, angelical.




quarta-feira, agosto 12, 2009

A cor


Hoje minha tristeza é um olho deitado
Sabendo reconhecer o nascer do sol
Cansei de ir pra lá, fugir,
Vendo-a recomeçar
Trazendo nuvens e chuva para a vida.

Hoje meu sorriso tão calado
E meu humor de negror universal
São formas minhas de iludir
A extremidade do mar
Não sou feliz, mas ainda bebo a vida.

Se a flor de algum velho luar
Não me toca o louvor
Respiro o mar, me vou andar
Em cor, em flor, me sou.

Se a dor vem de algum lugar
Hoje ela me pintou um novo lar
Um novo luar
A flor de um som, a cor.





O novo que me tece


É sol e cor
E eu olhando lua linda
Se eu fosse sina contaria de viver
Mas sou delírio e aprendi a ver promessa
Nas estrelas e janelas.

Tanta coisa pra dizer
Sobre meninos e escolhas e histórias!
Queria comer agora um sonzinho de abacaxi
Com mil amigos que costurassem lembranças,
Servem dois de esperança,
E eu vivia a sorrir.

É tão difícil ser assim meio universo
Ter pé no chão enquanto muros fazem ver
A morte do que esquece.

É cão, é trilha de terreiros e latidos
Fruta tão boa de comer e ver assim
Espero a cor de uma lua dizer serras
Canto um brinde de novelas.

As manhãs são feito o sal
Deste mar-mundo que me apavora e encanta
Eu ali, moleque-vela
Navegando um existir!

E meu amor é um jeito de ver profundo
Meu amor é quase um mundo
Um mundo que é aqui.

É tão preciso ser assim meio universo
Enquanto Rio tentando reconhecer
O novo que me tece.



Meu coração


Hoje eu não te sorri da forma que criei,
Guardei meus braços longe,
Vai saber!
Costurei novo ar
Tentei até sorrir
Brinquei de espadas
Novo de entender.

Sorri versos sem pensar
Costurei um dia,um lar
E sem palavras nunca desisti
De ver a lua ao mar
De deduzir
A cor de tuas danças para mim
E enquanto teu sorrir for nublado
Minha invenção é uma forma de tênis
É um dúbio cão presente.

Se espalho prazer nas horas
É um lírio que planto agora em seu mundo
Te quero sorrir.

A luz que havia ali sorriu
E tiver sorte de ver, são,
A plena cor livre de um homem e uma mulher
Que foram mães e magia
Pais em colos de vizinhas e nas linhas da vida
Vivemos assim em fé,
Por Deus, seja inteira, meu amor!!

Felicidade é cor de um Deus
Extremamente riso em sol, em chão
Por isso teu olhar é tudo assim
É pranto, é esperança, é querubim
E só quero o sorriso que acalenta o coração.

Espero-te um dia, viu?
Bata na casa da canção
Mas veja-se riso
Inteira em ti , mulher!
Espere a chance bendita de voar pelas piscinas
E na trilha da vida
Nós, homem e mulher, por Deus, seremos teu coração.

Pode ser o azul do mar
Pode ser apenas o ar
É a ti em mim
Somos um universo vivo sempre
E deito a ele o meu coração.




O rosto que hoje brilha


Se eu soubesse a calma de renascer estrada,
Daria à flor um substituto!
Vênia, a quem tecer em mim a flor
Enquanto a garganta bebe, ácida, o explendor do renascido incêndio
Que conduz ao fim um suspiro, um eco
Feito de riscos e de estrelas
Cálidas, plenas
Grandes demais.


Se rosno, finja!
Ignore as pessoas felizes
E entre na sala de espera pra beber o inexato
Que não sei se consegui criar em morte
E que pretendo pintar na vida
Qual delicada mobília
Na sala de estar
Onde jamais estive com o rosto que hoje brilha.

O som que planta em nós o amor


Se eu soubesse amor, e eu sei
Deduzia a cor mais livre do luar
E às veiz eu soubesse dor de amor curar
Mas não curei.

Dá de graça um tom de sol maior,
Pra rimar minha dor
Com flor que acalma e benta
Sagra a dor mais cruel
Curando-a como em lendas!

O bom de amar a mulher é o tom dos risos
Que traduzem o sal e a fé
Como se fossem elementos do dia
A acontecer em milagre novo de viver
Sem ironias, poréns
Apenas brilhos em espelhos, clarões
Explodir de sons
Vindos das baterias
Que em desfile de cor
Faz-nos um carnaval de bom sabor
O som que planta em nós o amor.







Sou não meu


Se eu soubesse o som da lua
Colheria pecadinhos ao longe, muito longe
Sozinho
Mas eu só sei paisagens.


Se eu soubesse a moça nua
E a cor dos edifícios
Talvez eu fosse longe, entre lírios
Mas eu já nem sei paisagem
Sou de um mundo, outro eu
Sou sem mundo, sou não meu.

Ouvindo canções dos Beatles


Se eu lembro do avô que me ensinou a ver sabiás perfeitos?
Sou dele marca e terno, sol no peito,
Aprendi os decimais contando querubins!

Se hoje espero as cenas
De uma marca de tom exato,
É porque tenho a sina
Do áries espalhado,
Feito de amor e doces sons magrinhos.

Espelho virtudes nas hastes
De peças pintadas de arte por colibris e meninos
Que me ensinam a nascer
Eu já velho de morrer
Ouvindo canções dos Beatles.

Largo-me em cantos


Sem cansaço
Aprendi a te ver
Vejo o espaço dos planos
A se matarem em anos
Vejo o mar.

Acordando as manhãs eu espelho os meus pés no barro,
Escondo minha fé em um riso tolo e afobado.
Se há verdades? como eu vou saber?
Sou um espasmo dos anos.

O que vira chama me lembra você,
Espero acordado um tom, um lado novo de aprender.
Se há vaidades? porque tenho de saber?
Noto espaços em anjos.

Se eu soubesse preces lhes jogaria sal
Vejo infeliz um som tão lindo
Com cor de animal
E entre as aspas que costumo comer,
Rio e largo-me em cantos.

Azul de flor


Que dera pudesse armar por ti semanas
Que traduzissem sóis pra teu olhar
Quem dera fosse ao porvir
E pudesse eternizar o sorriso
Que tranquiliza teu sorrir.

Enquanto olho limites espelhados
Espero aprender um jeito de transformar
O Coração em um elixir
A alma em um ressuscitar
De fantasias, flores,
De um fulgir.




Se a dor fosse de lambuzar
Seria doce flor
E daria ao ar a cor do mar
A flor, a dor, o amor.

Se a dor, ensinasse a voar
Curaria-te em cor
Com amor de mar
De dor de mar
Azul de cor, de flor.

domingo, agosto 09, 2009

Alma viva


Se a noite tem magia?
Nada além de estrelas e vozes e astronaves!
O jeito fosco e afobado de escondermos as mãos
É um pedaço de outro início
E a luz que desce fria traça cruzes entre os membros.
Há apenas inumanos de onde viemos,
No que lemos.

A incerteza das palavras e a virtude dos sorrisos
São formas de encanto aceitáveis
Nas ordens sem início.
De onde vêm as orações?
Dos muros dos conventos.

E é certo que aquela voz na caixa desigual
Desenhada com correntes
Têm letras coloridas
E luzes e estradas
Tudo é magia inteira.

São inventos, são espantos pros que erguem-se em outra santidade
E tudo é construção de nossas mentes
Tecidas nos verões inconsequentes, na seriedade dos indícios
Que nos libertam,
Nos fazem escravos
E entre os vícios e as canções,
Nos fazem amor.

Luas frias dão vontade
De termos canções brejeiras.
Há magia na verdade?
Só aquelas em teu rosto
Ao notar-se alma viva.


Somos poesia


Haviam disparates entre os meus sonhos
Eram artes que faziam-se homens
E o sabor da luz era corredio.

Se era amor,
Se era cor,
Descortinava-se arte.
E tudo era som
E éramos o sal que fundamenta o que estremece
Tecendo páginas de estradas a nascer
Pelas mãos que adornam outra prece
Enquanto aguardávamos pensamentos consequentes
Tinhamos o sabor de uma magia ,
Era ler.

Se era ser ,
Apenas era ser.
E como um espasmo calmo e complacente
Rasgávamos detalhes indolentes de uma flor que nascia a nos tecer
Enquanto imersos na vontade
De sermos novo intenso criador
Criando a própria eternidade
Resumindo em si mesmo o calor
De todos os astros e suas posses
Somos posses.

Somos pobres
Enquanto somos parte de um universo feito arte.

Havia amor, havia dor
E tudo se é em verdade
Na trilha que nos parte em dúzias de nomes
Enquanto nascemos qual anjos
E qual sabor, somos poesia.

Sua luz entre rima


Me dá mar!
Me dá ser!
Vamos rir
Vamos ler!
Se há cor do que viu-se ato falho
Extremo jeito de ter paz entre os tempos,
Alguma hora existe para ouvir?

Dos variados passos que tornam-se canção
A lua inteira reza batuques de oração
E somos ilusões, somos ilusões que trançam velha paz
A cada estação que nos beija como a sorte.
É agora ou não ir!

Desespere seu lugar enquanto partimos sem ofensa
Desespere seu olhar enquanto somos uma canção
Desespere seu parar
Enquanto somos inocência
Desespere seu matar
Enquanto somos visão.

Somos cem!
Somos mais!
Vamos ver luminárias ao mar,
Pra pescar.
Somos cem!
Vamos tecer luares no bar.
Vamos lá muito além!
Somos sem cruzes, mas somos anjos!

Eu era menino
Sou menino de verdade
Costuro muitas luas
Nas panelas que vejo
E se sonho semanas
Enxergo muitas eras
Aprendi a fruta maçã
Olhando as palavras pintadas no céu.

Meu amigo é um Deus de futuro!
Meu amigo é um rei de futuro!
Meu amigo é apenas meu muro!
Meu amigo é um país!
Enquanto eu sorria uma canção,
Teceu sua luz entre rimas.



O eco do absurdo


A calma, os cortes
A nudez vacinada
O desespero que me rói
Um deus que desnudou a maneira do Rio andar
Faço parte do esquecer.

Olhe agora!
Além de tudo há auroras!

Entre os olhos das extremas casas
Rasga um som, um rir, um viver
De tudo o medo não é ter pesadelos
É desnudar-me a sós
Sem ver os risos de alguém entre meus cantos
Morrer não é o maior perigo.

Entre o rir e o andar
Há pessoas que nos reconhecem Manhã
Espero poder pintar uma paz
Que as faça acordar.

Dormir é ver-se imerso em azuis
A cor da esperança é o mundo
Somos filhos todos de um porvir
Eu olho para minha mãe entre as formas minhas de calar
E espero uma dúzia de formas que vêm
Me traduzir lugar
Tudo é imenso em casa e tudo é longe demais
Espero por meu pai.

Meu sorrir é mudar,
Entre as coisas que me desconhecem em manhãs!
O que preciso calar pra tornar
Tudo um novo lugar?

Tudo muda na paz dos mundos
O eco do absurdo
Torna das danças boas de ver
Dói tanto aprender
Quanto dói esquecer.



Te amar

Não sou liso ou fortuito
Não sou filho do vizinho
Nem ao menos te discuto a razão ou teu sorriso
Não sou muito consequente
Nem aprendi a ser mau
Rimo mal o verso e à mente
Reduziu-se ao animal.

Eu só sei viver assim
Sentir tudo assim em mim
Saber me dar inteiro ao amor
Querendo ter você pra mim
Eu só sei viver assim
Perder, ganhar vivendo assim
Querendo agora é ter você
Querendo agora é te saber
Te amar.

Se eu perdi o tempo, a gente
Reescreve a razão
Volta ao tempo e consequentes, refundamos a paixão
Se eu perdi vergonha em sonhos
Me arruma um papel
eu reescrevo o que somos
E vivemos já no céu.

Eu só sei viver assim
Me rasgando inteiro assim
Me explodindo de amor
Me entregando a ti enfim
Eu só sei viver assim
Me inteirando em ti em mim
Querendo apenas te viver
Sabendo apenas de você
Te amar.

O perfeito teu toque de flor


Sabes lá o prazer e o sabor de uma dor
E a impotência de vê-la mulher?
E depois reduzí-la à cor de um amor
Que tece a urgência da fé?

Sabes lá o saber e o sabor desta flor
Que urgentemente nos tem
Como ao ardor de um canto sagrado
Que seca riachos e faz rejuvenescer?

Entre tantas questões,
Verborrágicos estupores, a veia nos dá a dimensão
De um gesto pequeno,um passo
Que nos incendeia a nos perder a razão
E talvez traduza ao peito o choque,
O respeito devido ao amor,
E enquanto solene eu o vejo
Recrio o perfeito teu toque de flor.

É vela


Acho tantas novas terras, em meu sonhos e marias
Gasto velas por resistir
Esperando o mundo cedo
Reluzir-me em terra boa
Sigo À toa
Tecendo mar.

Papéis se tornam leme
Nascem versos, ventos crescentes
Navegando em mente infinda
Torno-me palavra e intensa nova velha euforia
Sou infância renascida.

Dá-me um novo ardor
Canta a canção do meu avô
Dá-me o amor do Pai que é vela.




Crescer


Viu vovô?
Cada ação tem a mão pintada
De um outro nascer.
E eu sou calado na vida,
Não te disse?

O Azul foi do céu pro Avô
O Pai foi pro mar seduzir
Na expansão de uma lua vaga.
E eu sem saber
O que é mundo com pele fria
Fui dormir.

Havia sol em meu jardim
Fui rua nua e sorri
Se fui menino
Vida inteira gozou
Gente grande cobra palavra.
E eu fui crescer
Tardiamente em um só dia
Ou morri?

Avô correu e foi canção
Pai costurou novo jardim
E sou menino que recortou flor
E tentou viver vida amada
É tão bom crescer
Mesmo em dor
Costurando lua vadia com querubins.

Voar pro além


Há do fogo o que me orna a velha e amarga
Explosão que desentende
E cheira a medo.

Sonho as externas maluquices geniais
Pego da polícia a invenção que não nasceu
Corro e me escondo em fogo
Sofro e me mato em fogo
Acendo em mim jornais.


Note as estrelas!
Nem sorri,
Dormi,
Foi mal!
Fujo do analista
Quero infância ou outro eu
Quero seguir pro norte
Pro sul de invernos fortes
Quero voar pro além!


Risos de infância


Meus olhos são hoje cascata
Que amarra n'água o som da passarada
Faz algazarra com o ar.

Meus olhos são hoje o que espalha
Algo que é parco de alma
Mas que é simples olhar.

São hoje longínguas palavras
Que tentam ser animadas
Com risos de infância.

sábado, agosto 08, 2009

Sabermos nascer


Dá-me um quente beijo à boca
Pra gente saber
O que é voar entre os rios de rir
E os espelhos de falar
Sabendo querer.

Dá-me um quente beijo à boca que aqueça o peito
Reflita o lírio ou o amor-perfeito
E esconda as lágrimas
Deduza o bem viver.

Somos gente
E é tudo confuso
Todo um mundo, toda a gente
É como se ilusão o que nascente
Nos leva a desejar eternamente ser.

E nos pedaços de velhas canções
Colho o que somos
E é tão lindo saber de você
Ir aí e sorrir com o coração e com o ser
É tão lindo sabermos nascer.


Sendo tua mulher


Dormi
E vi-te só na ação de me ser mundo
Eu já dormira
Catando sóis luzindo outro dia a dia
Queria ver-te a ser
A calma
Espraiada fé que horizonteia a alma
Enquanto sol que me queima as horas
Já me derrete o ser.

Na espera
Reluzi nomes de outro ver
Na ação de ter quimeras
Desnudei insano o aprender a ver esferas
A recobrar-me o ser.

Tu sabes?
Teu velho homem novo aqui e agora
Te espera a ver-nos teus caminhos e histórias
Já sendo tua mulher.


Seja Mar


Se você vir, me encante pelo som que teu ser dá!
Se você vir, vai me conta o estrondo que é olhar!
Se você rir me encante só de sonho, pra pintar
Algo que brilha na Espanha do azul que meu Deus já me dá!
Ele, Deus
Eu cá, mar.

Note o espelho reduzindo as Bahias
No esplendor de meu sonho que já pinta
Um grito que anormal resplandece do azul, outro Deus.

Note o velho teor de maravilha
Do sonho e sal que reaquece nosso dia
Torre a treliça
Escancare o que se tem
Veja Deus
Veja mar
Seja Deus
Seja mar.

Deus natural


Deus natural é um ser consequente, um riso, um fado
Extremo dom adornado de gotas de reflexão
Esperando um tempo de sermos mais coisas
Versos de cores
Canção.

Deus natural é um espelho que cura o segundo, o espaço
Reflete um determinado extremo de dons
Caçoando das coisas, dos ventos, das cores
Bodoque espraiado no samba canção.

Deus natural é um certo sabor de amor espremido
Gosto de mulher/marido no leito, no som
Enquanto arrumamos a espada, a hora, a decência, a calma
Esperando o trem de uma consciência, de uma aula
Sendo estranhada besteira
Sendo natural.

Deus natural é um gosto supremo
O som do perigo
Repercutindo a maneira do lírio dourar a visão
Esperando a gota de medo, que espalha a essência
Nos ensina o espasmo de nossa ilusão.

Deus natural talvez seja só tu com sorvete na mão.





Cê não vê?


Rindo
Gota assim me escorre e acalma
É o som do sorriso
Dá-me um mar e reprende o findo
Modo de matar-se a alma
É
Só dói quando rio
Pelo chão cato até você
Faço amor com as horas
Solto o mar
Quero ver
Um sabor de semana.


Só de olhar pra você
Espero o fim de outras calmas
A fé é um homem sorrindo
Pelo chão espalho o mar pra ver
Um sabor de entranhas.
Quero amar, cê não vê?