Fui em sentidos e armas Nas armas a fé é o que ao coração condena Fui pelas estradas onde fogem ramos de luz E a cada esquina encontro o fantasma que calou A mais perfeita palavra feita por quem não a diz. A cada mundo satisfeito que invento Redime-se o mar estúpido do tempo Quando no ritmo de seu borbulhar A própria realidade avilta sua imensidão. Fui esta semente que em mim plantou O argumento sem sentido Que se ergue nos motivos quase sempre esquecidos Quase sempre confusos Que saem do erro de achar-se alheio ao mundo. E os sons que vistes São sons e cores Que percebi morrendo No ato da inglória volta Ao que se tem quando se vê Nossas verdadeiras razões. Procurando a calma alheia ao que é meu Encontro-me a ver o indizível em mim. Não rio nem nada Me sento a me desarmar E descubro que não há mais pecados da dor Que se quis inventar, buscando novos atos Quando atos nem sempre geram sins. E eu que fiz retratos loucos da emoção Sinto a emoção, peso a emoção Visto as emoção, confuso Mas reintegrado à paz De se ver até do lado feito breu Algo que se deu Algo que se perdeu Muito aqui em mim E sem sons se faz ar Pra dar o salto enfiom que rompe o medo então. |
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Medo
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