quinta-feira, dezembro 15, 2005

Você

Meninos roubam das bancas
Revistas de masturbar
Você sorri como um bardo
E faz a vida levitar.

Nas praias vivas, sem cais
Ventos desmontam barracas
E você quase como um rio
Corta minha terra e meu cio.

Você me espanta a beleza
Me desmonta acesas as janelas
Versos, métricas
Como uma espada em uso
Como uma chama que ateia
Ardor em cada olhar.

Não sou herói, nem janota
Mas costumo bater na porta
Me deixa entrar?
Te trago só meu sorriso
E um segundo que verseja
A explosão do gostar.

Não busco ser futuro
Nem tampouco ser novo
Busco só voar
Busco só queimar
Trago meu canto rasgado
E meu peito cantado
Espadas, rinhas, sonhos e flor
Pois procuro-te em madrugadas
Onde teu riso rápido
Me encanta, simples, sem dor.

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