sexta-feira, dezembro 23, 2005

Pássaro

Em manhãs como essa, quando se estabelece o vôo da alma e do corpo para dias e dias de navegação, sinto-me como um pássaro.

Vôo sem sentido ou transparente razão para meus mundos de aventura. Sinto-me Pedrinho do Sítio antigo, meninão a andarilhar no mundo meu.

E escrevo, escrevo tudo o que sonho, sinto e tenho,pois escrever é como ser, inteiro teor.

Tudo o que faço, sinto e vivo é repleto da poesia que invento, é repleto do sonho que tenho, pois antes de mais nada sou poeta e nada além disso. O político, o funcionário,o designer, o vendedor, todos eles são subprodutos de um poeta em plena voz e gosto, em sabor e inteireza.A poesia é o que me liberta das âncoras que os dias trazem, dos medos, das amarras voláteis, pois a poesia é minha forma de falar com Deus. A poesia é o retrato de minha alma completa que deixo ao mundo.

Se boa ou ruim, não me importa, ela é a voz que demonstra o menino que em mim cabe e cresce, devagar, sob a capa de um adulto invasor de um mundo meu, completo, meu Playground, minha vida.

E esta poesia é entregue a quem amo e reconheço como dádiva, como presentes de um Deus solto no mundo e explosivo, quente como o sol.

Minhas poesia é feita de cada passo que dei e do que sinto, em dias e noites, dores e amores, mas é minha essência solta no vento.

Hoje sou viagem, e isto me faz pássaro, preciso voar.

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