quarta-feira, dezembro 21, 2005

Mundos

Mundos sonhem
Mundos mudem
Ou enfrentem o cão
Feito pranto, pau de enxada
Simplesmente canção
Ou um tanto
Murro longo
Murro cego
Feito intensa razão
Sem sorrisos
Sem a pretensa
Linda educação dos sem olhos
Pois meu mundo é presente
Cada dia ou não
É um grito estridente
Que te invento sem mãos
Mãos nos cornos
Nos teus cornos
Que se calam enquanto choro
Vendo dores dos que morrem
Tendo aos dedos, às mãos
Fome inteira que os tornam
Meras formas de oração
Sem encanto.

Danem-se mundos afins
Que permitem ouro e sol
E mortes aqui ou feitas daqui
Como dores , como um show
De horrores sem sim
Como um fim sem razão
Só para dourar a vida sem ar
De um Deus Capenga feito de peles de cão.

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