sexta-feira, dezembro 23, 2005

Só alma (P/Nana)

Gravatas em riste
Caladas em mim de outra boca
Estrada sem mão
Ato em paz
Paz é cega luta louca
Chute nos culhões
Voz de fé numa fé que não tem dó
Dó de dizer sim
Pra qualquer caboclo que se faça mor
Troço que em desejo traduz-se
Como pura rebeldia
Nunca em palavras.


Tudo tempo e bem
Nunca vem todo o vento que se tem
Quando há na palavra a parábola solta de um mim
Que dentro do sim se faz luz
E quando dá, dá-se à outra alma em cores que nutrem ilusões
E se matam em chão numa realidade que destina
Amores e almas.

E o que é o amor,
Se é amor,
Senão luz e cruz e sol?
E cruz e sol como nós
Como sós em falas e sal
Dentro deste sal
Que se muda pra norte de outro só
Só estou romântico pelo destino alinhavador
Que faz de mim muito mais que guerreiro de cidades frias
Nestas paradas.

E afins de sins
Pela luz do que sei ou não de mais
E de mais a mais na estrada se vê um mar de cor
E de cor em cor somos nós dois imensos corações
Explodindo assim como força imensa de Logun
Fico pelo fim do imenso milagre que faz dias
Serem minh'alma
Serem tu'alma
Serem noss'alma
Serem só alma.

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