quarta-feira, dezembro 21, 2005

Sistemas

É interessante notar que na maioria das vezes em que liberais colocam-se à disposição para debates com socialistas ou a esquerda em geral, há sempre o argumento infalível do fracaso da experiência socialista, além de um apelo à razão constante, a necessidade de alteração das idéias e a antiguidade das mesmas.

Até aí tudo bem, faz parte de qualquer debate a busca de convencimento e a colocação da práxis de cada ideologia na ponta dos cascos para que pela argumentação (Fatalmente confundida com conjunto de dados lançados sobr eo rosto do "oponente") se "converta" o "infiel".

O problema geral é que se coloca sempre como sistema fim um sistema que partiu da premissa socialista, porém existindo controvérsias se aquela experiência pode ser assim chamada ou não. Claro que estou falando da URSS.

A URSS ao mesmo tempo que avançou em relação ao capitalismo ter como paradigma a distribuição de renda e a base de manutenção da população em um nível de dignidade totalmente superior à média capitalista, também construiu-se como um elemento de distorção do socialismo sob o ponto de vista político, o de libertação da população e da destruição da divisão em classes. Ou seja, a experiência foi parcialmente socialista pelo fato de buscar diminuir a distância entre classes, porém falhou ao tornar-se socialista totalmente ao não superar a divisão de classes capitalista e também por não considerar liberdade e horizontalização como valor universaç para a construção de um estado completamente diferente do estado capitalista.

Assim, a meu ver, a URSS foi uma experiência interessante sob o ponto de vista do avanço das forças socialistas, porém não realizou-se enqaunto socialismo pleno, não superou o capitalismo e ainda construiu umconceito de capitalismo de Estado, sendo este fechado e permitindo atrocidades em nome da "Revolução".

Não quero dizer aqui que um grupo de países socialistas plenos em meio a um mar de capitalistas soltos em volta seria bem sucedida automaticamente, provavelmente seriam países destroçados pela máquina azeitada de destruição nossa velha conhecida, em mãos dos burgueses.Mas tampouco acredito que a experiência Soviética tenha sido plenamente socialista, até por conta do desvio burocratizante de Stálin.

Mas porque coloco isso acima? Por conta do interessante diálogo entre defensores da superação de um sistema e dos defensores do sistema, tendo estes últimos o mal hábito de colocar a experiência soviética como O socialismo, tendo este mais desdobramentos que pernas de polvo.

Além disso partem da premissa de um sistema completo em comparação com um sistema cuja única experiência, por mim nem socialista, que durou diversos anos polarizando com potências capitalistas e daí tiam as conclusões da inevitabilidade do socialismo, além de esquecerem o nível político, predendo-se ao lado jurídico-econômico, esquecendo-se da vinculação direta entre o político e estas áreas.

Assim o rame rame teoricista é jogado de um lado para outro comos e fosse verdade absoluta, ditada por Deus, quando é no máximo a descrição de uma forma de visão dentro de uma realidade de um sistema povoado de contradições e falhas, apesar de existente há mais de duzentos anos.

Partem da teoria balizadora do dia a dia sem notar o reusltado do sistema andando para todos os lados, o maior responsável por sua falha, por sua inviabilidade, uns tais de seres humanos.

E como contraponto prefiro caminhar por uma trilha diferente, uma trilha não teórica, mas prática: É impossível um sistema que cntém em seu cerne a divisão e a divergência, ser mais que um sistema moedor de carne, é impossível que qualquer sistema busque a liberdade restringindo a posse de bens ou terra, por exemplo. É totalmente impossível um sistema ser mais que um câncer para o mundo e as pessoas existindo a ausência da liberdade de viver na maior parte do Globo.

Poderi partir de premissas marxistas, de lógicas marcusianas,etc.. Mas a simples observação obriga-me a constatar, com sentimento e tudo, que um sistema que permite que o vizinho do lado morra de fome por ele, em seu imens azar, ser um estofador e não um progamador da Microsoft, não pdoe ser um sistema onde o Ser Humano seja realmente livre e se desenvolva plenamente.

Como neg a URSS socialista, nego o Capitalismo destruidor de almas. Nego por saber que por melhor que seja a teoria, ela é inútil perante a realidade.

E o que a realidade mostra é bem mais uma tragédia do que um manual econômico.

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