quinta-feira, outubro 09, 2008

A cem

Yo quiero Anas
Rasgam duas mil filipetas
Nesta semana
Bebo almas com o capeta
Requiro danças pelas sementes
Vago nas calmas sem dor
Reviro a mente
Procuro um véu sem labor
E costurando a cor
Do aniz com um cowboy.


Soy
Apenas a ver astronautas desertos
Só quero mesmo nascer.

Reviro nos jardins um morumbi de incertezas repletas
De uma saudade tão transversa
Refiro-me às tardes sem celeuma ou sentido
Sem hombridade
Costuro-me ator nas mil ruinas de uma história
De Terezas Santas
Do Rio amor.

E és mais teu ser todo meu eu
O que é amor, ou Deus, ou teus
Dois mil tesões?
Costuro bem
A flor do amor
E ando
A cem.

2 comentários:

Heyk disse...

Tô meio birrado com rima. Não sei, parece que dá um tom de obviedade pro poema que pra mim não presta. às vezes faço um verso, e rapaz, vem outro logo em seguida já ocm uma rima, e aí eu me viro pra esquecer ele e troco por qualquer palavra só pra não rimar. É foda. Não sei.
Achei a estrutura desse curiosa, ela tem mais linha, é mais linear. Os versos conversam mais.
"E costurando a cor
Do aniz com um cowboy"
"Soy
Apenas a ver astronautas desertos"

Esses achei muito bons e o começo pega um ritmo de história engraçada. LEgal, bem diverso esse.

Victor Meira disse...

Caramba, que coisa linda. O portunhol, a bebedeira de almas, um morumbi de incertezas.

Bom demais.
Volto pra ver mais.