A não que algo emperre
Minha fé se faz singela e morre ao mar
Entre farpas e martelos
Entre detalhes que a espera me faz temer.
A não ser que o mar se encerre
Redescubro um norte mudo
Uma farpa no meu ver
Cravo a mão à terra, em febre
E me espelho na incerteza que vive ao mar.
Me sussurro a calma breve
Enquanto escondo-me entre murros
Nas ausências do meu ser
E talvez o que me ferre é uma febre,
Uma fome de tamanho animal.
Cravo-me tolo a uma lógica velha
Me amarro nas pedras
Me calo envolto a um não, a um sonho, rumo perdido,
O que me devora a fé é uma dor ou um precipício?
Há fins em meus tons e ensaios
Que pintam você entre espadas e rituais
E sim, cada meu som é parco!
Um drama plebeu que me permite amar
O sussurrar dos bondinhos.
Não calo-me morto no agudo das velas
Em barcos e eternas ondas de sabor azedo
Entre lírios e luas que me espelham
Atônitas de Frio.
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