Caminhar é cerca, é insana rua, é sonho de calçada
É estranhamento
É ir
Cachorros e lidas
Esperanças, dores ternas, velhos pais
Crianças a dormir.
Chão tem velho gosto de palavra
E a palavra é soberana
Quase um Deus
Vida é assim tão colorida
É história, é sentido,
É o que Deus esperou ver nas estradas
E nos olhos de sorrir
Que todos têm, todos têm,
Entre medos, graças, raivas sorrateiras
Paz de olhar trem
Pedras têm o riso das pessoas, seus lamentos, suas canções
Cores que destinam a meus olhos, outros vivos
Outras paixões.
Caminhar é doce
É sorrir aquela paz de velha andança,de olhar e sentir fé
Caminhar é o susto de ter ido aprender novo dia
Novas belezas, pé a pé
E enquanto sonho os pés descalços,
Lembro alto: gentes, abraços, sol, mulher
E me entregando a novo passo
Vejo a glória do novo em meu peito
Uma nova fé.
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