quarta-feira, agosto 05, 2009

Olhos de chuva.

Estrela em ruas, só estrelas
Onde voltam luzes costeiras?
Se há o mar apontem-no pra mim!

Espero ao mar vidas inteiras
Coisas de só meu coração
O tempo inteiro é pé de valsa
O vento é qual um meu irmão.

Sou deste mar
Apenas observador
Como navegar?
Ensina-me, amor?

Galguei estranhas paineiras
Coisas de ruas, mais ninguém
Cantei o invento, o sal que a dor em mim
Constrói em parcas luas cheias
Como ao mundo dar perdão
Enquanto os olhos causam cheias
Escravos nós do coração.

Sou de voar, em sonhos e astronaves
Em flor
Quero pousar, me cansa a inverdade da dor.

Estrela e lua, só estrela
Dá-me a luz da imensidão!
Enquanto ao mar me lanço a ser só mar
Cause no olhar da marinheira
Talvez o sopro da canção
Espero o amor de vinda inteira
Enquanto caço a explosão.

Deixe-me mar
Pousado, Astronave de cor
Deixe-me lá cansado em vã vaidade
E dor.


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