sexta-feira, agosto 14, 2009

Somente


Cato ao mar palavras ritmo
Saio na tez desnuda de sonhos
Perambulando em rudes temporais
Resgatando sussurros de calculadoras.

Costurando responsas vago a pé
Retumbando respostas de uma liz
Que no peito ecoa a um verso
Mal rimando um jeito esperança de saber flor.

E se eu sonho de Espanhas olhe o verso
Que costura as verdades do nariz
Que pressente da chuva um novo astral
E retumba no peito o som de dois.

E se eu gosto de sombra e sóis
Olhe bem nos meus olhos os nós
O estilingue aponta o chá
E atira um mês e amores feitos de arroz.


Hoje beijo a hora dos meus versos
E sacudo a vitrola pra ouvir
Velheci de viola o temporal
Aprendi a ver horas e ser espiões
Talvez seja a maloca
Uma vontade que coça
Dor também ri e é troça
E assim note o tom que tabula a oca
E me faz somente.



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