terça-feira, agosto 18, 2009

Vida invenção


Cor de rosa ululante
Nuvem, sangue, homem,
Bala de pequi
Loja de astronauta, rua, Cy.

Pálida aventura em linho
Lama de escorreguinho
Voz de Morumbi
Ao longe vejo filme de imperador rir.

A lama é o coice diário,
O chute urubuzado de alguém sorrir
Pego estrela pra te ouvir
No ramo dos lírios, nos planos
De seres humanos feitos de caqui
E uma certeza de luzir.

Calo sementes de medo na estrela do inverno
E vejo um Rio tomando jeito de cor.

Nu à revelia, ao longe
Amarelo o bonde me permite ver
Chuva e sol no céu
E ser uma colorida festa, rua, trilho, merda
Gente a rir, a ver
Luz do sol arco íris ter.

Grita a invenção divina, a música cozinhada em tambor tupi
E Deus marca em fogo os olhos teus
Ouço viola e sal de gosto musical
Frango de se comer
Tudo isso hoje é você.

Planto mil gentes entre personagens de morros
Do Valqueire ao Leblon
Olho o sol e vejo vida invenção.




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