domingo, abril 26, 2009

Com morte e tudo

A beleza cega
A delicadeza cega
É tudo
É um dia a dia
É uma ausência
A ausência cega de tudo.

Toda beleza do mundo reside na ausência
Toda beleza do mundo é cega
À toda rudeza do mundo.

O Brilho, o lume, o fusco
O lúcido morre
E ao ver além das pedras se perde
Ao ver aquém das pedras se mete
A ter o sorriso perene do belo
O eterno belo que não aguenta o cheiro da cinelandia.

Toda certeza do mundo é a cegueira da beleza do simples
É o sorriso do simples, do fortuito dia a dia
Com cheiro e tudo
Com medo e tudo
Com soco e tudo
Com morte e tudo.


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