segunda-feira, abril 13, 2009

Em papel

Eu nasci das cercas
E reluzi mundos de palavra dada
Fiz invenção de luzir.

E corri dos muros
Me escondo qual criança na não paz
De tudo descobrir.

Mas meu descobrir tem uma trapaça
Ele lança esperanças pelo breu
Lê palavras nas visitas e descola conhecer do mundo seu.

E como se fosse traça come versos, colibris, papéis e trens
Luas além
E entre palavras conta com pedreiros, comensais, Pajens
Princesas, Guerreiros, mil esposas
Sonhos inclementes, sons
Vidas que se fazem de magia
E são livros, são paixões.

Morro de ter mundos
E sou tão sozinho em paz
E quero a graça do amor solene de tua fé
Morro de pessoas
E sou lindo no teu rosto, na tua vida
Na beleza de tu és.

Me desculpe o desencanto vasto
Este medo que desbasto com marés
Me perdoe este medo que engraxo
Eu que vôo sempre baixo
Em papéis.

Nenhum comentário: