segunda-feira, abril 13, 2009

Me quero polichinelo


Queria polichinelo
Reduzir o mundo a um bar onde sovinices
Fossem já crimes
E esperantos fossem letras e domínios
Que cortassem o corpo dos semeadores de um mau
E eu pudesse sorrindo resmungar um Flamengo
E sorrisse ilegal.

Queria polichinelo
Sem segredos segredar
Uma rixa antiga que dói na vista
Enquanto espanto
Um medo meu de destinos
E um jeito garoto de lembrar de sabiás
Enquanto guardo sorrisos e me torturo e morro
Pensando no além mar.

E sonho na dor dos infernos que é o esperar
Sendo o retinto sono de vícios e desencantos
Quero um risco devido, um suburbano encanto de mundo desarmar
Prar marcar em um um grito, um desespero errante
De tanto esperar.

Me quero polichinelo.

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