Uma ruinha sem sins só meus nãos
Era curta de rir
Era pasma de chão.
Era um bairro sem meus corações
Não sabia ruir
Nem sambava trovão.
Não sabia avoado
Nas tolices que eu tinha
Que choraria a ruinha
Com dó de minha inação.
E que bairro cretino é você
Que tolamente cresceu e cresceu pra morrer.
É que o rumo do riso sem ver
Se perdeu sem semente
Rodou em mil cidades
Perdeu a razão.
E eu aqui
Perto aqui
Longe aqui
Vejo prédios e muros
E murros sem ti
E sem mim, outro assim sem meus sins
Que brincava sozinho
E gostava do chão
É um tolo agora
Que surge sem ruinhas
E morre em horas de vil solidão.
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