sábado, abril 04, 2009

Vago a pé



Respondo na sexta!
Me recolho entre os medos, sons de ais
E luzes de jardim.

Colho altas vistas
Me resmungo seduzindo a vida em paz
Minha paz é de explodir.

Canso dos sabores destas águas
Rumo às casas vou na asa que nasceu
Destas partes que iluminam
As verdades e sentidos do que é meu.

Colho o gosto da cachaça, redesenho o barril
Penso em trens
Respiro trens
Vago nas calçadas
Perambulo jeitos de ouvir o que vem
E sugiro em versos as pessoas
Que repletas são meus sons
Eu que me devoro na agonia
De ver livres mil razões.

Respondo no chute!
Amo o lírio de querer mais
E vago estradas pela luz inclemente da fé.

Respondo por gosto!
Eu vou indo no delírio de mil dias
Só incerteza feita de fé
Parco como um grande incendiário
Vou diário entre espasmos
Vou
Já é
Livre como quem muda o ditado
Vago na busca do som que me faz perfeito
Vago a pé.

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