domingo, abril 12, 2009

No porão de minhas saudades

Você mata o mau com tiros de festim
Salta no breu
Com a segurança de redes, linhas e afins
Nada sofreu.

E todo meu viver é como um debulhar
De cores e veias cortadas ao mar
É como um destino mau inventado
No peito arrancar um braço.

Mas, na paz!
Não tema a lua e conquiste outro amor
Lembre do céu!
Eu vou pela rua deduzir o torpor
Do que não morreu.

E vago na ilusão de sentir-me parte
De um mundo sem meus medos que ardem
Eu vejo estrelas e sem viagens
Me tranco no porão de minhas saudades.

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