quarta-feira, dezembro 28, 2005

Brincadeira

No ar um cheiro véu
Sobe em notas feitas de outro mim
Sob um segundo
Sob um giz
Nasce outro ser
E renova as manhãs
Que sãs ou não
Tornam-se nada
E reluzem loucas como se espadas
Buscam-se entre roupas
E lareiras
Árvores
Mantiqueiras
Na vã
Ou não
Loucura alada
Que permita-me uma estada
Nesta incerteza ao sol
Que veste-me de bandeiras
Que rasgo de brincadeira.

Nenhum comentário: