quarta-feira, julho 25, 2012

Felizes

Mais não digo
Eu aqui vendo frutas na janela
Relâmpagos pagãos costurando poemas e linhas perdidas
Eu aqui
E você, onde?

De onde são os mundos? De onde?
Talvez ali caibam questões que dançavam um som ininterrupto de medo
E talvez nós, que rimos do medo, sejamos, não loucos, mas homens
Que nos animados desenhos de nosso tempo aprendemos a rir
Porque a lágrima perdida de ódio, frustração ou dor
Não cabe entre as chuteiras de nossa vida
Ela, assim, languidamente sabedora do risco imenso
De talvez sermos felizes.

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