domingo, setembro 10, 2006

Amor nas escuras nascentes do eterno

Amor é das palavras alvo ou relincho de sonho
Nas escuras nascentes do eterno.

Um amor não causa ventos sagazes
Deslinda-se nas ondas dos pequenos sonhos
Palavreia autenticidades.

Um amor é gente, mão, perna
É calada e voraz correnteza
De alentos e doidos sonhos.

Um amor é dor pequena e explosiva
É maratona de corpos deitados
Sangue e mortes sem segredo
Um amor nasce do toque, do cenho
Do desejo
Nasce do medo, da lágrima, do triste.

Um amor surpreende vaidades
Nega segredos
Some
Torna-se tudo
Faz-se ausente
Faz-se saudade
Outro
Teu.

Um amor é pai sangrando a dor do filho
É o toque de irmãos que são braços novos
É a boca beijada na manhã de novos dias
É o último beijo
É o meod do beijo.

É a mãe que arraiga etenridades no sangue do parir
é o eterno reencotnro de si mesmo
Nos outros
No outro.

É a multidão que avança ao lado e morre em penas
E causa danos nos olhos
Que já tristes esperam salvações.

Um amor
É a esperança que explode intensa
Na manhã do dia dos passos
E constrói das pontes almas
Que surpreendem o muro que mata
E faz-se campo fértil
Das calmas caladas que viram o novo.

Um amor não explica-se
Nem mente-se
Nem cria-se
Um amor é
Como se cada nós da gente
Fosse o único de cada
E único fosse o todo
Comos e amor fosse.
Amor não é Deus deitado
Deus dor
Deus medo
Deus riso
Um amor é Deus de tudo e festa
E palavreio de olhos marejados
E voz calada no sentir.

Um amor sou eu, sou tu
Sou nós
O amor é o toque disso
De eterno que há em ser.

O Amor
É o simples olhar das estrelas
Nos olhos de outros
Nos olhos ciganos que passeiam em meus sonhos
O amor é isso
E sua negação
Pois amor é mundo
E mundo nasce nos rios das esperanças feias.

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